Estávamos (menos eu que não bebo! ) quase caindo de tanto beber no bairro do Chiado em Lisboa, quando trôpegos ao voltar para a casa do Boi entre ladeiras e vielas, Léo perguntou pra onde iríamos na manhã seguinte já que ele tinha alugado um verdadeiro bólido, Passat perua alemão de 6 marchas, uma beleza!
Entre risadas embriagadas e soluços agudos da cativante bebedeira escutou-se em tom maior: MADRID!
-Pois vamos para Madrid! Garantiu o não menos sóbrio Léo.
E assim tínhamos um destino, coube a mim analisar os mapas e fazer o itinerário o qual faço sempre com prazer.
A Rota Ibérica, assim que a batizamos, deu inicio em Lisboa passando por Évora para almoçarmos e aproveitar para conhecer a sinistra e modorrenta Capela dos Ossos.
Assim que entramos na secular igreja, senti-me repetitivo até porque lembrava muito as igrejas das cidades históricas mineiras, ou melhor, a maioria das igrejas portuguesas, contudo, logo vi a diferença. Para ingressar no cômodo principal, este sim coberto de fêmures e crânios, teríamos de desembolsar uma pequena soma de 2 Euros.
Assim com menos moedas nos bolsos, tivemos a verdadeira visão do inferno, numa igreja!!!
Uma sensação de mal estar nos dominava. O Boi sentiu-se mal como nunca antes. O cara é acostumado a ver vídeos de massacres, esquartejamento e outras escatologias diversas e nada ! Mas a Capela dos Ossos foi o bastante!
O Vlad, munido com uma maquina fotográfica digital, dotada de Smile Shot, sussurrou em meu ouvido: Bolívia! A câmera está disparando sozinha!
Estava tão atônito com a presença de milhares de ossos que nem percebi que era uma brincadeira. De fato os crânios pareciam rir de nossa presença.

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