
Peço desculpas pelo cronograma erroneo, mas não irei conseguir colocar em ordem sem deixar de postar as fotos no blog. Por isso estou postando as viagens a medida que consigo colocar videos ou fotos. Posto isso, continuemos:
Assim que sai de Lugo, fomos eu e meu irmão André para Ourense, onde deveriamos passar a tarde para o aniversário de nosso primo.
No caminho, o GPS indicou um Templo Romano.
Parei o carro para analisar. Um templo Romano na Galicia? Não que era impossivel, mas não estava me lembrando de nenhum até aquele momento, muito menos naquela região.
Resolvi seguir meu feeling e o GPS (é claro!) e sai da estrada principal entrando numa estradinha vicinal lindissima.
As árvores fechavam a estrada como se fossem um tunel, os campos esmeraldinos deixavam a paisagem tipica de um wallpaper, o céu estava límpido apesar do frio da região.
A cada quilometro percorrido entre curvas e aldeias, percebi que subia uma montanha, e no topo desta podia-se ver grande parte das terras galegas.
Em meia hora de viagem vimos de tudo, entramos numa floresta densa, passamos por fincas abarrotadas de corvos, vimos aldeias medievais até chegarmos numa rua de mais ou menos 9 casas e mais nada.
Andei algo em torno de 60 metros e já me vi fora daquele conglomerado. Era só isso? Cadê o resto da cidade? Aliás, cadê o templo romano? ora que o GPS indicava fim do caminho.
Logo vi que acima das casas, havia uma passagem e subi, na rua de cima, nada mais do que mais uma casa e uma igreja medieval circunvizinha de uma macieira carregadinha.
Enquanto abocanhava uma maça vermelhinha, observava a igreja e imagina saber onde ficava o tal Templo. Percebi que na velha igreja havia em volta algumas dezenas de túmulos, tipico das tradições católicas.
O local estava ermo, vi um senhor que pastoreava suas ovelhas e perguntei onde ficava o tal templo.
O gentil senhor disse-me que o templo estava embaixo da igreja, que teria que entrar pela rua de baixo, mas que precisava chamar pelo vizinho.
Assim o fiz, e o vizinho, um galego simpatico e culto, abriu um pequeno portão que deu para a visão mais fascinante que até então tinha visto.
As imagens desenhadas no alto eram incriveis e bem preservadas. O tal templo era de origem visigoda, único templo encontrado na região ocidental da Europa.
Aproveitei para me gabar, disse em bom tom que então era o primeiro brasileiro a estar em tal admiravel patrimônio!
"Segundo" -corrigiu-me o galego. "Sou casado com uma brasileira, e ela foi a primeira"
Caramba! Como tem brasileiro em qualquer lugar do mundo! Até na ilha do Lost fomos representados pelo Rodrigo Santoro, porque iria duvidar???

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